A questão dialética da utilização dos recursos hídricos do Tocantins, seja na produção de alimentos, seja na produção de peixes, aproveitando os reservatórios do Estado, mas também o avanço do desmatamento de vegetação nativa foram as abordagens expostas no segundo dia do II Seminário de Gestão Socioambiental. Promovido pelo Poder Judiciário, por meio da Rede TO Sustentável, em parceria com a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), este ano o tema dos debates é Águas do Tocantins.
A primeira palestra “Atuação da Embrapa na Produção de peixes em Reservatórios Federais do Tocantins” foi proferira pela doutora Flávia Tavares de Matos, contando como coordenadores de Mesa o senhor Murilo Ribeiro Brito, gerente da SES-TO, e o auditor Ikaro Peres Cunha, do TCE-TO.
Já a segunda palestra, “Dez Anos do Código Florestal Desmatamentos no Estado do Tocantins”, ministrada pelo promotor Francisco José Pinheiro Brandes Júnior, da Promotoria Regional Ambiental da Bacia do Alto e Médio Araguaia, teve como coordenador de Mesa o professor doutor Moisés de Souza Arantes Neto. Com apontamentos acerca do processo de desmatamento de vegetação nativa para a agricultura, o promotor lembrou os passivos ambientais e os conflitos sociais decorrentes da ampliação da área produtiva no Tocantins. “Nós podemos dizer pelos nossos estudos que há uma correlação direta entre desmatamentos, aumento de área plantada e exaurimento de recursos naturais. E o pior, as comunidades hipossuficientes, as comunidades indígenas são as que mais sofrem com toda essa realidade. São elas que não têm voz. São elas que acabam impactadas por esses danos ambientais”, afirmou.
O II Seminário de Gestão Socioambiental contou com um público de cerca de 200 participantes que assistiram aos debates por meio da página da Esmat na Plataforma YouTube ou presencialmente no auditório do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins.
Texto: Wherbert Araújo / Comunicação Esmat
Fotos: Hodirley Canguçu
Comunicação TJTO
